domingo, outubro 19, 2014

prêmio energisa de artes visuais

Inaugurado na galeria de arte da Usina Cultural Energisa em setembro de 2011, com a mostra Divortium Aquarum do artista convidado, José Rufino, o Prêmio Energisa de Artes Visuais prosseguiu durante todo o ano de 2012 com duas exposições individuais (um artista convidado, Marlene Almeida, e um premiado, Márcio Sampaio) e três coletivas  com nove artistas premiados: AoLeo, Amanda Mei, Braz Marinho, Chico Dantas, Grupo Mesa de Luz, Júlio Leite, Julio Meiron, Laércio Redondo e Márcio Almeida. Em 2014, houve a retomada do projeto com a mostra individual do artista convidado, Sergio Lucena, e finalizando com a presente coletiva dos artistas Carlos Mélo, Rafael Pagatini e Túlio Pinto.

A comissão de curadores brasileiros – Fernando Cocchiarale, Glória Ferreira e Raul Córdula – responsável pela seleção/premiação destes artistas (entre os 579 inscritos) considerou em sua análise as propostas que apresentaram processos investigativos, atitude reflexiva diante da produção artística contemporânea e adequação entre conceito e linguagem utilizados, dentre outros critérios.

Com esta mostra coletiva, a última com artistas premiados e que acontece entre outubro e novembro, já é possível fazermos ligeira avaliação do Prêmio Energisa – planejado em 2009 e executado entre 2010 e 2014 –, em que destacamos alguns itens: seleção de artistas de várias regiões do país, que vivem e produzem em diferentes contextos sociais, políticos, geográficos etc.; apresentação dos artistas selecionados em mostras coletivas estabelecendo, de fato, uma aproximação entre eles, revelando a multiplicidade e complexidade da cena contemporânea de artes visuais; processo de inscrição totalmente executado pela internet (um dos primeiros no país); submissão de obras/projeto para a ocupação de um espaço (e não mais seguindo o velho método de submeter 3 obras ao júri); prêmios aquisitivos (o início de uma jovem coleção de arte contemporânea na cidade) e apoio financeiro para estadia e deslocamento do artista visitante durante a montagem e abertura da mostra; convite a três artistas paraibanos – José Rufino, Marlene Almeida e Sergio Lucena – como reconhecimento de suas trajetórias e cuja produção alcançou níveis diferenciados de excelência perante instituições e o mercado de arte; material gráfico individual das mostras e catálogo geral do projeto; programa educativo que garantiu, dentre outras ações, patrocínio do transporte para que estudantes de escolas públicas locais visitassem as exposições; ampla divulgação na imprensa e redes sociais atraindo um público que pouco (ou nada) conhece de arte contemporânea, de uma galeria de arte...

Tudo isso reforça a acertada decisão do Grupo Energisa ao investir, mais uma vez, nas artes visuais (antes, já havia patrocinado o Salão Cataguazes-Leopoldina e o Salão Cataguazes-Usiminas de Artes Visuais), na capacidade da equipe de produção local e dos colaboradores, e na produção da arte contemporânea brasileira.

Então, nos sentimos satisfeitos com o resultado obtido com este Prêmio Energisa e também honrados com a presença dos artistas, Carlos Mélo, Rafael Pagatini e Túlio Pinto, em nossa galeria de arte ao mesmo tempo que convidamos o público para conhecer suas obras e dividir conosco esse momento.

Em tempo: a mostra coletiva com estes artistas abre nesta quinta-feira, 23 de outubro, às 20h, na Usina Cultural Energisa.