Inaugurado
na galeria de arte da Usina Cultural Energisa em setembro de 2011, com a mostra
Divortium Aquarum do artista convidado, José Rufino, o Prêmio Energisa de Artes
Visuais prosseguiu durante todo o ano de 2012 com duas exposições individuais
(um artista convidado, Marlene Almeida, e um premiado, Márcio Sampaio) e três
coletivas com nove artistas premiados:
AoLeo, Amanda Mei, Braz Marinho, Chico Dantas, Grupo Mesa de Luz, Júlio Leite,
Julio Meiron, Laércio Redondo e Márcio Almeida. Em 2014, houve a retomada do
projeto com a mostra individual do artista convidado, Sergio Lucena, e
finalizando com a presente coletiva dos artistas Carlos Mélo, Rafael Pagatini e
Túlio Pinto.
A
comissão de curadores brasileiros – Fernando Cocchiarale, Glória Ferreira e Raul
Córdula – responsável pela seleção/premiação destes artistas (entre os 579
inscritos) considerou em sua análise as propostas que apresentaram processos
investigativos, atitude reflexiva diante da produção artística contemporânea e
adequação entre conceito e linguagem utilizados, dentre outros critérios.
Com
esta mostra coletiva, a última com artistas premiados e que acontece entre
outubro e novembro, já é possível fazermos ligeira avaliação do Prêmio
Energisa – planejado em 2009 e executado entre 2010 e 2014 –, em que destacamos
alguns itens: seleção de artistas de várias regiões do país, que vivem e
produzem em diferentes contextos sociais, políticos, geográficos etc.;
apresentação dos artistas selecionados em mostras coletivas estabelecendo, de
fato, uma aproximação entre eles, revelando a multiplicidade e complexidade da
cena contemporânea de artes visuais; processo de inscrição totalmente executado
pela internet (um dos primeiros no país); submissão de obras/projeto para a
ocupação de um espaço (e não mais seguindo o velho método de submeter 3 obras
ao júri); prêmios aquisitivos (o início de uma jovem coleção de arte
contemporânea na cidade) e apoio financeiro para estadia e deslocamento do
artista visitante durante a montagem e abertura da mostra; convite a três
artistas paraibanos – José Rufino, Marlene Almeida e Sergio Lucena – como
reconhecimento de suas trajetórias e cuja produção alcançou níveis
diferenciados de excelência perante instituições e o mercado de arte; material
gráfico individual das mostras e catálogo geral do projeto; programa educativo
que garantiu, dentre outras ações, patrocínio do transporte para que estudantes
de escolas públicas locais visitassem as exposições; ampla divulgação na
imprensa e redes sociais atraindo um público que pouco (ou nada) conhece de
arte contemporânea, de uma galeria de arte...
Tudo
isso reforça a acertada decisão do Grupo Energisa ao investir, mais uma vez,
nas artes visuais (antes, já havia patrocinado o Salão Cataguazes-Leopoldina e
o Salão Cataguazes-Usiminas de Artes Visuais), na capacidade da equipe de
produção local e dos colaboradores, e na produção da arte contemporânea
brasileira.
Em tempo: a mostra coletiva com estes artistas abre nesta quinta-feira, 23 de outubro, às 20h, na Usina Cultural Energisa.