Por algum motivo, as crianças adoram
desenhar, colocar no papel as coisas e as pessoas que gostam. Não foi muito
diferente para nós. O que acontece é que nós como coletivo, tentamos unir
nossos pontos de vista, gosto pessoal e afinidades. Tentamos convergir tudo
isso em um único produto final, algo que deixa de ser três e passa a ser um só e
aquilo que era três passa a ser apenas DIA.
2. De
que forma vocês chegaram ao curso de artes da UFPB?
Nos conhecemos estudando artes visuais na
UFPB onde pudemos direcionar e aprimorar aquilo que conhecíamos sobre Arte.
Apenas Américo concluiu o curso. Daniel optou por estudar Design Gráfico em
outra instituição e Izaac, já com formação em Marketing e propaganda migrou
para o curso de Comunicação em Mídias Digitais e cursa em paralelo uma
Pós-Graduação em
Criação Multimídia.
3. Como
vocês enxergam hoje o hibridismo da/na arte contemporânea?
Vemos isto como uma ampliação de possibilidades.
A oportunidade de infinitas experimentações.
4. Como
vocês definem sua atuação nas artes visuais?
Atuamos de forma intensa! Praticamente
todos os dias nós estamos desenhando, mesmo que não haja sequer intenção de
mostrar essa produção. Usamos quase sempre os meios de produção rápida, e o
desenho é a melhor deles! De forma rápida, objetiva e eficiente podemos
produzir a representação visual da mensagem que temos a transmitir, quer seja
um ponto de vista singular de músicas que gostamos de ouvir ou mesmo o ritmos
do momento ou ainda figurações de grandes obras do cinema mundial sob uma ótica
diferente.
5. Vocês
acham que há espaço/lugar/apoio para os jovens artistas?
Não! Tem muita gente de qualidade por aí
que a acaba desistindo da arte pra se sentar atrás de balcões e birôs por que
essa seria a única forma de colocar comida em casa, enquanto figuras carimbadas
de um circuito pré-estabelecido por amizades e indicações faz com que os artistas
de sempre vençam os editais e ocupem as galerias. É triste, mas essa é a
realidade em que vivemos e são raras as oportunidades em que jovens artistas
conseguem seu lugar ao sol. Este é o cenário encontrado em instituições
específicas da Arte. Sem muitas opções para desaguar sua produção o jovem
artista caminha pelas margens destes ambientes, inserindo-se em circuitos
alternativos ou mostrando seu trabalho na maior e mais acessível galeria
existente, a rua.
6.
Que artistas ou movimentos dão a vocês mais influências ou agradam mais?
São inúmeros os artistas dos quais
admiramos o trabalho, porém são influências diretas em nossos trabalhos, a street art, o design de cartazes, os grafites, entre os diversos ilustradores e
animadores contemporâneos. A estética de um filme ou uma animação, o
desenvolvimento de personagens para jogos ou mesmos a narrativa visual das páginas
de um quadrinho compõe a nossa extensa lista de referências.
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