1. Como se deu sua “descoberta” pela arte?
Foi fascinação ou desígnio?
Nos anos 90 comecei a me interessar mais por arte, de tomar gosto em
apreciar a produção de tanta gente boa, em suas diferentes formas, estilos e
técnicas, em criar e apresentar um trabalho artístico. Daí, como estava mais
envolvido com o skateboard, acabei
absorvendo sua cultura, algo mais underground
e inovador pra época, e que até hoje é referência. Visto em filmes, fotos,
músicas, desenhos, e uma gama de maneiras de expressar ideais e pensamentos de
um tipo de revolução.
Em 1998 eu trabalhava em Recife numa fábrica de shapes (prancha) para skates, criando desenhos que viriam a
estampar os mesmos. Era gratificante saber que alguém em outro lugar do país
tinha curtido meu trabalho, mesmo que exposto numa vitrine de loja.
2. Vc tem alguma formação acadêmica?
Infelizmente não tenho uma formação acadêmica em artes, passei perto
cursando Radio e TV na UFPB em 2003. Tudo que produzo é muito intuitivo.
Observar, assimilar e executar.
3. Como você enxerga hoje o hibridismo
da/na arte contemporânea?
O bom artista é o versátil. Aquele que consegue se adaptar com o tempo e
suas mudanças, que em seu processo criativo pode até fundir o tradicional com
algo moderno e obter um bom resultado. A procura pelo novo é uma tendência
natural. Reciclar, recriar, contornar as regras.
4. Como você define sua atuação nas artes visuais?
De alguma maneira, mesmo que timidamente dou minha contribuição para a
arte, trabalhando em parceria com outros artistas ou dando apoio para eventos
alternativos, bandas, por exemplo. Fazendo tatuagens, usando a pele como tela.
5. Você acha que há espaço/lugar/apoio para
os jovens artistas?
Sim. Poucos, porém existe. Um exemplo a ser
seguido é o da Aliança Francesa que, abrindo suas portas para novos artistas,
mantém um ciclo positivo para a arte e os artistas locais.
6. Que artistas ou movimentos te dão mais influências ou te agradam
mais?
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