quinta-feira, setembro 13, 2012

conversa com cláudio foca (em exposição na aliança francesa)


1. Como se deu sua “descoberta” pela arte? Foi fascinação ou desígnio?
Nos anos 90 comecei a me interessar mais por arte, de tomar gosto em apreciar a produção de tanta gente boa, em suas diferentes formas, estilos e técnicas, em criar e apresentar um trabalho artístico. Daí, como estava mais envolvido com o skateboard, acabei absorvendo sua cultura, algo mais underground e inovador pra época, e que até hoje é referência. Visto em filmes, fotos, músicas, desenhos, e uma gama de maneiras de expressar ideais e pensamentos de um tipo de revolução. 

Em 1998 eu trabalhava em Recife numa fábrica de shapes (prancha) para skates, criando desenhos que viriam a estampar os mesmos. Era gratificante saber que alguém em outro lugar do país tinha curtido meu trabalho, mesmo que exposto numa vitrine de loja.

2. Vc tem alguma formação acadêmica?
Infelizmente não tenho uma formação acadêmica em artes, passei perto cursando Radio e TV na UFPB em 2003. Tudo que produzo é muito intuitivo. Observar, assimilar e executar.

3. Como você enxerga hoje o hibridismo da/na arte contemporânea?
O bom artista é o versátil. Aquele que consegue se adaptar com o tempo e suas mudanças, que em seu processo criativo pode até fundir o tradicional com algo moderno e obter um bom resultado. A procura pelo novo é uma tendência natural. Reciclar, recriar, contornar as regras.

4. Como você define sua atuação nas artes visuais?
De alguma maneira, mesmo que timidamente dou minha contribuição para a arte, trabalhando em parceria com outros artistas ou dando apoio para eventos alternativos, bandas, por exemplo. Fazendo tatuagens, usando a pele como tela.

5. Você acha que há espaço/lugar/apoio para os jovens artistas?
Sim. Poucos, porém existe. Um exemplo a ser seguido é o da Aliança Francesa que, abrindo suas portas para novos artistas, mantém um ciclo positivo para a arte e os artistas locais.

6. Que artistas ou movimentos te dão mais influências ou te agradam mais?
Gosto muito de Pop Art, Dadaísmo e Arte Conceitual. De trabalhos de tatuadores como Joe Capobianco, Shiko, Trevor Brown, Moebius... A lista é grande... São vários seguimentos artísticos.

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